GH, IGF-1 E INSULINA: ANABOLISMO DE VERDADE?
Enfim, ao conversar com bodybuilders que competem sobre isso, eu não fico impressionado. Porém, a maioria das pessoas que eu conversavam que não eram bodybuilders profissionais ou amadores) sempre dizem que esses GF não dão o mesmo efeito de esteróides anabólicos dão. Pessoalmente, eu não vejo razão em pagar um amontoado de notas de 100 de reais em algo que não irá dar o mesmo resultado do que meia dúzia de notas de 20 reais em testosterona dará. E acabei descobrindo que não era bem assim...
Eu acho que seja por isso que as pessoas usam os GF incorretamente... Pois, quando corretamente usados, eles criam um potencial muito grande e tornam - se drogas impressionantes, tanto para atletas como para bodybuilders.
Ao pé da letra, eu estava errado. E muito. Eu creio que o motivo disso seja que vemos resultados variados das pessoas que usam peptídeos, é sua dosagem e seus protocolos de dosagem.
Agora, para entender como usá-los corretamente, primeiros precisamos ver como eles funcionam naturalmente quando estão em ordem. Os níveis naturais de GH são controlados por vários estímulos, incluindo tanto neurotransmissores como hormônios.
O processo de aumento dos níveis de GH no corpo é iniciado no hipotálamo. Lá, dois hormônios peptídicos agem juntos para aumentar ou diminuir a produção de GH pela gândula pituitaria.
Esses hormônios são conhecidos como somatosina (SS) e "growth hormone-relasing hormone" (GHRH), e eles tem efeitos opostos. A somatosina age na glândula pituitaria para diminuir a saída de hGH, quando o GHRH faz exatamente o contrário.
Por isso, o teu corpo pode usá - los para a secreção ou inibição do hGH na glândula pituitária, se necessário.
Quando não há hGH suficiente no teu corpo, o GHRH age para iniciar a emissão de hGH, e quando há muito hGH no corpo, a somatosina faz o contrário. Os efeitos mais tardios disso ocorrem porque o hGH é um sujeito de um feedback negativo pelo corpo. Quando o GHRH é liberado, causa uma cascata hormonal, começando com a subseqüente secreção de hGH.
Quando esse hGH é liberado, ele exerce vários efeitos metabólicos, e age como um gatilho de liberação do IGF-1 (Insulin Growth Factor), que agora é conhecido por exercer muitos dos efeitos previamente atribuídos somente ao hGH. O IGF-1 é altamente anabólico, apesar de uma enorme contradição na literatura existir, dizendo que o hGH já é anabólico por si.
Porém, ainda existem algumas evidências que mostram que o Lr3IG-1 é mais potente para a construção muscular do que o hGH. (O Lr3IGF-1 é cerca de 3 vezes mais potente do que o IGF-1).
Agora, após o hGH e a IGF-1 serem produzidos e secretados, eles tem a habilidade para circular de volta ao hipotálamo, tal como a glândula pituitária, para iniciar a liberação da somatosina. Como já dizemos, a liberação da somatiosina vai completar o ciclo negativo pelo corpo, e diminuir a liberação de hGH.
Apesar de ambos hGH e IGF-1 poderem fazer isso, e terem vários outros efeitos de sobrecarga, eles parecem ser capazes de produzir vários efeitos diferentes, e individualmente eles parecem agir em várias células e suas células vizinhas, sem precisar entrar pela membrana destas células.
Isso é basicamente a explicação do IGF-1 causar uma diminuição na gordura corporal, Apesar de não haver receptores de IGF-1 nas células de gordura. O hGH, em contrapartida, reduz a gordura através dos receptores de hGH encontrado nas células de gordura. O IGF-1, porém, parece ser o primeiro catalizador do surgimento de células musculares, também chamado de miogênese (geração da miofibra, ou novo tecido muscular).
Para entender esse mecanismo de regeneração e crescimento, nós podemos apontar vários efeitos hipertróficos que parecem ser totalmente modulados pelo IGF-1.
Quando o músculo é rompido pelo treino, a destruição do tecido muscular larga para trás algo conhecido como "células satélite". Essas células são pequenas concentrações de células localizadas entre o músculo que eram, e são mobilizadas pelo IGF-1 para começar o processo de crescimento muscular e regeneração.
Durante esse processo de regeneração muscular, os mioblastos são formados para substituir e hipercompensar os mesmos danificados, e então eles podem se fundir um com o outro para formar fibras totalmente novas, ou se incorporar as fibras danificadas que sobreviveram. Então, se mais miofibras são criadas do que destruídas ( pelo treino ), um crescimento muscular é notado.
Apesar dos efeitos do IGF-1 na criação de tecido muscular é simples e direto, parece que o hGH provavelmente exerce a mior parte dos efeitos anabólicos nos tecidos musculares, por sua abilidade de estimular a secreção de IGF-1. Além disso, também é especulado que pode haver um efeito adicional e direto, exercido pelo hGH em si, apesar desse efeito ser difícil de ser comprovado pelos cientistas.
Como nós já sabemos, a produção de IGF-1 provavelmente ocorre quando o hGH é liberado pela glândula pituitária (ou injetado por uma seringa...), e então viaja até o fígado e até outros tecidos musculares aonde ele influencia a síntese e a subsequente liberação de IGF-1. Sabemos que o IGF-1 recém secretado que viaja pelo sangue até atingir os tecidos maiores depois de ser liberado pelas células que o produzem (o fígado, ou nesse caso, pode ser também o tecido muscular que você treina).
Apesar disso ser bastante promissor, e eu já ter lido sobre o eixo GH/IGF, eu ainda não sou um fã do hGH ou do IGF-1, por causa de seu custo relativamente alto, comparado a outros componentes anabólicos. E também há a reclamação de não ter os efeitos "fantásticos" que são ditos por algumas pessoas que os usam ( E vale lembrar, que eu acho que a maioria dessas pessoas os usam errado, errando feio no tempo de uso e dosagem ).
Eu venho conversado com vários culturistas ao longo dos anos, que usam o GH/IGF-1 há tempos, e a tempos venho tentando entender que tipo de dosagem e protocolo de dosagem parece ser o de efeito mais anabólico. Cortando muito o assunto, existem 3 formas diferentes de IGF-1, que são identificadas por seguir o treinamento de resistência. Basicamente, isso significa que as diferentes isoformas do gene que regula o IGF-1 têm sido expressadas pelos músculos quando é submetido a simulação mecânica (um treino bem feito).
Em outras palavras, quando se levanta o peso, várias "versões" do mesmo IGF-1 básico são criadas quando o IGF-1 é secretado, isso nos traz a isoforma dominante de IGF-1, que é mostrada principalmente durante um princípio de sobrecarga muscular (ou um treino bem pesado), o "Mechano Growth Factor", ou MGF.
Talvez agora vocês entendam porque eu acho que a combinação IGF-1 e o MGF, ou até mesmo sem combinação, é muito superior ao uso do hGH, por vários motivos.
Por exemplo, em estudos com ratos, o uso de IGF-1 em dosagens menores do que a de hGH, tem provado ser muito mais anabólica do que o hGH.
Apesar de ser recém descoberto, os estudos comparando o IFG-1 e o MGF, têm concluído que o MGF é capaz de produzir resultados muito mais rápidos.
Eu tenho percebido que os culturistas que vem tendo resultados com o uso hGH, vem usando de uma regulagem IGF-1 tal como o MGF após seus treinos. Então, antes de tudo, a primeira recomendação, é usá - los logo após o treino, pois assim tu terá resultados porque depois do "treino de peso com cargas concêntricas e excêntricas, os níveis de proteínas repulsoras de IGF ( Como a IGFBP_4 ), são menores. Essa proteína, inibe os efeitos anabólicos do IGF-1.
Então, faz sentido tu obter maiores resultados quando os níveis destas proteínas estiverem menores do que o normalmente. Além do mais, nesse período logo após a aquele treino do mal, os níveis de IGF-1 estão altos, particularmente os níveis de MGF.
E isso irá ajudar na habilidade do corpo de induzir a miogênese e então, a hipertrofia. Se eu for gastar dinheiro com IGF-1 e MGF, eu preferiria injetá-los quando os níveis de suas proteínas repulsoras foram os menores, e então eles podem ter o máximo efeito anabólico.
Por isso, então, o uso de MGF imediatamente após o treino é recomendado, quando as doses naturais já estão elevadas. A adição de MGF extra, puxa mais células satélites para a formação de tecido muscular.
Recomenda - se então, o uso de IGF-1 cerca de uma hora depois, porque, nesse ponto, apesar do MGF continuar muito elevado, pode - se obter benefícios em adicionar IGF-1 nessa mistura, quando esse parece ser "cortado" apropriadamente para as isoformas na qual o corpo precisa.
Então, quanto ser usado? Bom... Conversando com bodybuilders, alguns atletas e lendo em alguns livros, percebi que a mágica parece começar quando essas drogas são administradas em cerca de 80 a 100 micro-gramas (mcg), que são injetadas no músculo treinado. Metade disso tende a ir para outro lado do corpo, ou para o outro músculo "espelho" que foi treinado.
Até esse ponto, quantidades adequadas de proteínas e carboidratos precisam ser ingeridas, porque o IGF-1 só irá ser efetivo quando há uma quantidade adequada de proteína no corpo para produzir esse novo tecido muscular.
O IGF-1 e o MGF são mais efetivos do que o hGH em si para o crescimento muscular, e creio que se você usá-los do modo descrito, você irá ter uma vantagem sobre os níveis mais baixos das proteínas que inibem suas ações, permitindo a esses peptídeos de exercer seus efeitos máximos.